SOBRE O TRABALHO
Por Cléber Sérgio de Seixas
Nesse 1º de maio que tal revermos nossos conceitos com relação à nossa forma de trabalhar? Que tal percorrermos a senda das atividades laborais de forma diferente? Que tal mesclarmos trabalho, satisfação pessoal e sucesso profissional? Está é a proposta do sociólogo italiano Domênico de Masi, professor da Universidade La Sapienza e presidente da Escola de Especialização em Ciências Organizativas, a S3 Studium. No livro O Ócio Criativo Masi lança as bases de uma teoria que, dentre outros postulados, afirma que o homem, ao trabalhar, perde tempo precioso. Aonde quer chegar o renomado sociólogo ao dizer que perdemos tempo enquanto trabalhamos?
O trabalho ao qual se refere Masi é sobretudo o trabalho braçal. Segundo ele quando realizamos trabalhos braçais estamos, na verdade, sub utilizando nosso potencial criativo, ou seja, desperdiçando tempo que seria mais bem utilizado em atividades intelectuais. Atualmente temos mais tempo para o trabalho intelectual porque a tecnologia tem nos libertado do trabalho que demanda esforço físico, já que dispomos de maior acesso a ela não só nas empresas mas também em nossos lares – temos hoje dentro de casa utensílios eletro-eletrônicos que realizam trabalho equivalente ao de vários escravos. Se a tecnologia tem nos libertado do trabalho braçal, nos concedendo mais tempo livre, o que temos feito com este tempo? A resposta mais comum é: trabalhado mais. O tempo que deveríamos utilizar para alavancar nossa criatividade, para desfrutar o convívio familiar ou simplesmente para aproveitar em forma de lazer, trocamos por mais e mais horas de trabalho, pois a tecnologia tem esta outra faceta de tornar possível a uma pessoa estar 24 horas a serviço de uma empresa através de celulares, laptops conectados via hot spot’s ou Wi-Fi etc. Em tempos de Terceira Revolução Industrial, capitaneada pela tecnologia da informação, o vírus da Primeira Revolução Industrial, com suas longas e extenuantes jornadas de trabalho, que já foram sinônimo de maior produtividade, ainda infecta algumas empresas. Hoje há executivos que ignoram completamente o significado das palavras família, lazer e descanso.
Felizmente, porém, muitas organizações têm acordado para o fato de que o ambiente de trabalho deve ser o mais agradável possível e não uma esfera de aspecto carcerário, tal qual eram as fábricas para os operários em fins do séc. XIX, com gerentes mais assemelhados a capatazes do que a supervisores, onde o empregado sempre enxergava no patrão um inimigo. Há inclusive empresas onde o trabalho em casa já é uma realidade, o que pode proporcionar maior qualidade de vida para o funcionário, produtividade e diminuição de custos para a empresa. É notório serem mais eficientes e produtivas aquelas empresas onde se encontra um palco propício ao exercício da criatividade e onde se observa maior horizontalidade nas relações de trabalho.
O trabalho é uma das atividades da espécie humana que a distingue do mundo animal, porém, se tornado um fim em si mesmo, acaba por nos escravizar ao invés de libertar. Algumas atividades fazem de nós meros símios que desceram das árvores e aprenderam, digamos, um pouco mais do que lascar pedras. Enquanto não nos realizarmos como seres humanos nas atividades profissionais que executamos diariamente, contabilmente falando, as horas empregadas no trabalho continuarão a ser inscritas no passivo do balanço da existência.
O trabalho ao qual se refere Masi é sobretudo o trabalho braçal. Segundo ele quando realizamos trabalhos braçais estamos, na verdade, sub utilizando nosso potencial criativo, ou seja, desperdiçando tempo que seria mais bem utilizado em atividades intelectuais. Atualmente temos mais tempo para o trabalho intelectual porque a tecnologia tem nos libertado do trabalho que demanda esforço físico, já que dispomos de maior acesso a ela não só nas empresas mas também em nossos lares – temos hoje dentro de casa utensílios eletro-eletrônicos que realizam trabalho equivalente ao de vários escravos. Se a tecnologia tem nos libertado do trabalho braçal, nos concedendo mais tempo livre, o que temos feito com este tempo? A resposta mais comum é: trabalhado mais. O tempo que deveríamos utilizar para alavancar nossa criatividade, para desfrutar o convívio familiar ou simplesmente para aproveitar em forma de lazer, trocamos por mais e mais horas de trabalho, pois a tecnologia tem esta outra faceta de tornar possível a uma pessoa estar 24 horas a serviço de uma empresa através de celulares, laptops conectados via hot spot’s ou Wi-Fi etc. Em tempos de Terceira Revolução Industrial, capitaneada pela tecnologia da informação, o vírus da Primeira Revolução Industrial, com suas longas e extenuantes jornadas de trabalho, que já foram sinônimo de maior produtividade, ainda infecta algumas empresas. Hoje há executivos que ignoram completamente o significado das palavras família, lazer e descanso.
Felizmente, porém, muitas organizações têm acordado para o fato de que o ambiente de trabalho deve ser o mais agradável possível e não uma esfera de aspecto carcerário, tal qual eram as fábricas para os operários em fins do séc. XIX, com gerentes mais assemelhados a capatazes do que a supervisores, onde o empregado sempre enxergava no patrão um inimigo. Há inclusive empresas onde o trabalho em casa já é uma realidade, o que pode proporcionar maior qualidade de vida para o funcionário, produtividade e diminuição de custos para a empresa. É notório serem mais eficientes e produtivas aquelas empresas onde se encontra um palco propício ao exercício da criatividade e onde se observa maior horizontalidade nas relações de trabalho.
O trabalho é uma das atividades da espécie humana que a distingue do mundo animal, porém, se tornado um fim em si mesmo, acaba por nos escravizar ao invés de libertar. Algumas atividades fazem de nós meros símios que desceram das árvores e aprenderam, digamos, um pouco mais do que lascar pedras. Enquanto não nos realizarmos como seres humanos nas atividades profissionais que executamos diariamente, contabilmente falando, as horas empregadas no trabalho continuarão a ser inscritas no passivo do balanço da existência.
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