A GRIPE DO PIG
Bal masqué no metrô mexicanoPor Cléber Sérgio de Seixas
A nossa imprensa marrom não toma jeito. Nem bem saímos da celeuma em torno da suposta epidemia de febre amarela - o alarde midiático mobilizou as massas a se vacinarem sem necessidade, o que redundou em alguns casos de pessoas mortas por overdose da vacina - e já entramos em outra, desta vez importada das terras de Montezuma. A bola da vez é a gripe suína - que já foi rebatizada para Gripe A para que os comerciantes de carne de porco e derivados não fiquem no prejuízo. A tal "epidemia" fez uma meia dúzia de vítimas, sobretudo no México, e a grande imprensa já a compara com a gripe espanhola. Contudo, o número de vítimas frente ao contingente populacional mexicano é irrisório. Tenho acompanhado alguns noticiários apontando todo e qualquer caso de gripe como se fosse um caso da do tipo suína em potencial. No final das contas noticiam que tratou-se de alarme falso, mas aí já é tarde porque o pânico já se alastrou, tendo como resultado o aumento nas vendas de máscaras cirúrgicas, eventos de massa cancelados, órgãos públicos, como escolas, fechados e tantos outros prejuízos à sociedade, além de um bal masqué a céu aberto composto por um sem-número de participantes.
Sou cético com esta nossa mídia malandra. Escrevam: daqui a pouco tempo, caso haja um número considerável de infectados pelo vírus nas terras tupiniquins, a grande mídia - alcunhada de PIG (Partido da Imprensa Golpista) pelo jornalista Paulo Henrique Amorim - dirá que a responsabilidade é do governo federal, obra e graça da ineficiência da Anvisa, que será responsabilizada por não ter sido competente o bastante para vigiar a entrada de infectados no solo brasileiro ou por não ter isolado os infectados. No frigir dos ovos a culpa será mesmo é do presidente Lula, pois, afinal de contas, tudo é culpa dele mesmo - se o avião da TAM caiu, a culpa foi dele; se montanhas de terra despencaram sobre a população catarinense, graças à sua irresponsabilidade; se a dengue fez várias vítimas no Rio de Janeiro, culpa do barbudo; se o Corinthians caiu foi porque ele não torceu o suficiente. Nâo é demais lembrar que já estamos no meio da corrida eleitoral, e qualquer evento que possa ser transmutado em factóide para ser espalhado por aí com o intuíto de denegrir a imagem do governo federal, vulgo Lula, vulgo Dilma Roussef, é bem-vindo.
Só para resumir, o nome correto da doença deveria ser Gripe do PIG - não me refiro a porco escrito na língua anglo-saxã, mas à alcunha supracitada neste texto - pois esta organização criminosa tratará de espalhá-la e torná-la maior do que realmente é.
A nossa imprensa marrom não toma jeito. Nem bem saímos da celeuma em torno da suposta epidemia de febre amarela - o alarde midiático mobilizou as massas a se vacinarem sem necessidade, o que redundou em alguns casos de pessoas mortas por overdose da vacina - e já entramos em outra, desta vez importada das terras de Montezuma. A bola da vez é a gripe suína - que já foi rebatizada para Gripe A para que os comerciantes de carne de porco e derivados não fiquem no prejuízo. A tal "epidemia" fez uma meia dúzia de vítimas, sobretudo no México, e a grande imprensa já a compara com a gripe espanhola. Contudo, o número de vítimas frente ao contingente populacional mexicano é irrisório. Tenho acompanhado alguns noticiários apontando todo e qualquer caso de gripe como se fosse um caso da do tipo suína em potencial. No final das contas noticiam que tratou-se de alarme falso, mas aí já é tarde porque o pânico já se alastrou, tendo como resultado o aumento nas vendas de máscaras cirúrgicas, eventos de massa cancelados, órgãos públicos, como escolas, fechados e tantos outros prejuízos à sociedade, além de um bal masqué a céu aberto composto por um sem-número de participantes.
Sou cético com esta nossa mídia malandra. Escrevam: daqui a pouco tempo, caso haja um número considerável de infectados pelo vírus nas terras tupiniquins, a grande mídia - alcunhada de PIG (Partido da Imprensa Golpista) pelo jornalista Paulo Henrique Amorim - dirá que a responsabilidade é do governo federal, obra e graça da ineficiência da Anvisa, que será responsabilizada por não ter sido competente o bastante para vigiar a entrada de infectados no solo brasileiro ou por não ter isolado os infectados. No frigir dos ovos a culpa será mesmo é do presidente Lula, pois, afinal de contas, tudo é culpa dele mesmo - se o avião da TAM caiu, a culpa foi dele; se montanhas de terra despencaram sobre a população catarinense, graças à sua irresponsabilidade; se a dengue fez várias vítimas no Rio de Janeiro, culpa do barbudo; se o Corinthians caiu foi porque ele não torceu o suficiente. Nâo é demais lembrar que já estamos no meio da corrida eleitoral, e qualquer evento que possa ser transmutado em factóide para ser espalhado por aí com o intuíto de denegrir a imagem do governo federal, vulgo Lula, vulgo Dilma Roussef, é bem-vindo.
Só para resumir, o nome correto da doença deveria ser Gripe do PIG - não me refiro a porco escrito na língua anglo-saxã, mas à alcunha supracitada neste texto - pois esta organização criminosa tratará de espalhá-la e torná-la maior do que realmente é.
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