OS PRIMEIROS TRINTA

Por Cléber Sérgio de Seixas

Há exatamente um mês este blog foi lançado. Nos apresentamos num manifesto (clique aqui para ler o manifesto), nossa carta de intenções. Nesse mês que se transcorreu desde a criação do blog, confesso que muitas vezes pensei em desistir - parecia que estava falando ao vazio, que ninguém me lia, até que coloquei um contador de acessos e percebi que os textos meus e de minha esposa estavam sendo lidos e, consequentemente, nossas idéias estavam sendo expostas a mais pessoas.

Um novo alento veio quando o jornalista Luiz Carlos Azenha, a quem agradeço muitíssimo, publicou dois textos de minha esposa citando o blog dela e este (clique aqui para ler um dos textos divulgados pelo Azenha). Posteriormente o Eduardo Guimarães (clique aqui para ir ao blog Cidadania.com), a quem também sou grato, divulgou este blog. Ambas as citações colaboraram muito com o crescimento do número de leitores deste blog, tendo o número de acessos dado um salto desde então.

Confesso que não é coisa das mais fáceis manter um blog, pois requer constante atualização, diversificação nos conteúdos - sem, contudo, abandonar o estilo do blog - e, sobretudo, tempo. Como trabalho como técnico em suporte na área de informática, só tenho tempo à noite para postar algo. Tento postar sempre artigos originais, de minha autoria ou de minha esposa. Quando não é possível, reproduzo artigos de outros blogs, sempre tendo o cuidado de citar a fonte.

Apesar das dificuldades, está sendo uma experiência nova para mim. Já tive experiência anterior na escrita de artigos, pois já o fazia há uns três anos num jornal que circula na empresa onde trabalho. Mas não é a mesma coisa que ter um compromisso com um blog; além disso leitores de um blog são mais seletos, ou seja, entram no blog, conhecem-no e, caso voltem a visitá-lo, o farão por ter alguma afinidade com o conteúdo do mesmo, do contrário, não voltarão a visitá-lo.

Agradeço a todos os que leram este blog e o divulgaram nos bastidores. Pretendo manter-me, respeitadas as minhas limitações intelectuais, nesta linha de observação da sociedade, buscando desnudar-lhe as entranhas ocultas, ou seja, aquilo que está além do consensual, do lugar-comum, visto que nem sempre as aparências revelam toda a verdade. Acredito que muitas coisas parecem estar ocultas porque as pessoas estão demasiado ocupadas com entretenimentos diversos ou com os próprios problemas, olhando para o próprio umbigo e, por isso, ficam com a visão social embaçada, não percebendo que muitas das mazelas sociais com as quais convivem, são fruto da omissão, da falta de engajamento político ou social. Quando digo engajamento político ou social não estou me resumindo a filiação partidária ou a participação em alguma ONG, sindicato etc. Refiro-me ao exercício da cidadania puro e simples, o qual pode ser levado a cabo desde a denúncia da improbidade de órgãos públicos junto à imprensa ou outros órgãos de fiscalização, até o engajamento direto em algum movimento em prol dos direitos sociais. Confesso que não me incluo no rol dos que têm tempo para um engajamento direto - pretendo ter um dia. Por isto este blog foi criado, foi a forma que encontrei para, de alguma forma, exercer minha cidadania e incentivar outros a terem semelhante engajamento.

No mais, reitero minha opção pelo Socialismo/Comunismo, visto que creio ser o sistema econômico mais adequado à humanidade. Entenda o leitor que socialismo e comunismo não podem ser resumidos às experiências daquilo que muitos chamam de Socialismo Real, o qual foi experienciado e desvirtuado em diversas experiências históricas, tal como na antiga União Soviética, no Camboja, na Alemanha Oriental, na China etc. O ideário comunista que tenho em mente é aquele que garante justiça social a todos, conforme diz Marx em sua obra Crítica ao Programa de Gotha: "de cada um conforme a sua capacidade, a cada um segundo as suas necessidades". Rejeito as experiências pseudo-social-comunistas, que se converteram em expurgos (URSS), lavagem cerebral (China de Mao) e matanças (Camboja). O mais próximo do que tenho como socialismo ideal é o que é praticado hoje em Cuba.

Prossigo na esperança de um mundo mais justo para mim e para meus semelhantes. Creio que um novo homem há de surgir das cinzas do capitalismo selvagem e de sua variante neoliberal. Tenho a esperança de viver o suficiente para ver a rúina do capitalismo, bem como a de todas as nefastas consequências para a humanidade que ele carrega em seu bojo, e o triunfo do socialismo e seu desenvolvimento em comunismo, uma sociedade sem classes e sem injustiças.

No mais, muito obrigado a todos os leitores.

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