METRÔ SUPRAPARTIDÁRIO
Reproduzo abaixo um artigo publicado no jornal Estado de Minas em 23 de maio de 2010. O texto é de autoria dos deputados federais por Minas Gerais Rodrigo de Castro (PSDB), Virgílio Guimarães (PT) e Antônio Roberto (PV).
Mais do que em qualquer outro lugar no país, Belo Horizonte sofre com o adiamento, anos a fio, do sonho de contar com um metrô eficiente e estrategicamente distribuído, como plataforma essencial para a mobilidade urbana da terceira maior metrópole brasileira. Desde meados dos anos 1980, quando iniciou sua operação, e com modestíssimos soluços de crescimento nos anos 1990, o metrô pouco avançou. De lá até aqui, transporta diariamente pouco mais de 160 mil pessoas, quando já poderia estar transportando 220 mil passageiros por dia apenas com a melhoria da integração e operação plena da Estação Vilarinho, ponto mesmo assim distante da sua implementação total projetada – 800 mil usuários/dia.
O tempo passou e esta justa reivindicação da comunidade metropolitana vem se esvaindo pela descrença e frustração que atravessam diferentes governos. E, com um detalhe ainda mais incômodo: constatamos a crônica paralisia do projeto, enquanto plantas de outras capitais avançam Brasil afora, acompanhando o crescimento natural da urbanização. Não é, portanto, sem razão que, em face de sua importância, o tema esteja, mais uma vez, de volta ao topo da agenda de prioridades dos mineiros da região metropolitana, neste ano de eleições gerais, em que temos a oportunidade de revisitar os nossos grandes desafios. Sua relevância e urgência alcançam tal ordem que, pela primeira vez, o projeto ganha forte defesa suprapartidária e mobiliza importantes lideranças de diferentes partidos e bandeiras, candidaturas diversas e programas diferenciados.
Na prática, apesar da nossa militância em campos opostos, estamos convergindo para formar um vigoroso consenso político em torno da execução integral do projeto. É neste sentido que vamos, juntos, reapresentá-lo aos presidenciáveis dos nossos partidos, como demanda comum e reivindicação rediviva de toda a coletividade. Esperamos que cada um dos presidenciáveis possa examiná-lo e assumir compromissos públicos e concretos para finalmente tornar o metrô realidade em nossa cidade. A soma de esforços que se organiza em torno dessa causa, ao contrário de significar um capricho da capital dos mineiros, nada mais é do que uma ação coordenada de recuperação de um longo e exaustivo tempo perdido por desencontros, que só têm prejudicado a população.
Nosso desejo é apoiar a execução do Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos, elaborado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para Belo Horizonte, que consiste em três linhas básicas: a linha 1, que liga a Região Norte (Estação Vilarinho) à Oeste (Estação Eldorado, no limite BH/Contagem), que já funciona atualmente, precisa de urgente adequação para aumento de capacidade; a linha 2 ligará, em superfície, o Barreiro ao Calafate e, a partir dali, segue subterrânea à Avenida Amazonas e à região hospitalar (Santa Casa/Hospital das Clínicas); a linha 3 partirá da Savassi e alcançará a Pampulha, passando pela Lagoinha, totalmente subterrânea.
Numa primeira etapa, apoiamos a proposta apresentada pelo governo do estado de Minas Gerais e pela Prefeitura de Belo Horizonte, que contou com a participação da Prefeitura de Contagem e do governo federal para, por meio de parceria com a iniciativa privada, possibilitar a execução, a médio prazo, de parte do plano diretor: 1) adequação e ampliação até o Bairro Bernardo Monteiro, em Contagem, e, no sentido Norte, até a Cidade Administrativa Tancredo Neves; 2) a construção de parte da linha 2, do Barreiro ao Calafate; 3) a construção de parte da linha 3, da Savassi à Lagoinha. Ainda faz-se necessária a extensão da ligação ao município de Betim.
A CBTU já está elaborando os projetos de engenharia necessários à execução das obras pela União. O governo do estado realizou os estudos, modelagens e concebeu um edital de licitação que possibilitam a imediata contratação de uma empresa por meio de parceria público-privada (PPP), para assumir a operação do metrô e investir nas reformulações necessárias da linha 1, inclusive com a aquisição de novos trens e sistemas eletroeletrônicos. O governo do estado será responsável pela alocação de parte dos recursos que equilibrem a equação econômico-financeira necessária à concretização dos empreendimentos. O governo federal ficará responsável pela alocação de recursos e execução das obras das linhas 2 e 3. Ademais, a iniciativa privada fornecerá os trens e sistemas necessários ao funcionamento dessas linhas.
Com a implantação das novas linhas, o metrô atenderá a demanda de transporte na região metropolitana e, em especial, a área central de Belo Horizonte e todos os principais polos de geração e atração de demanda – o Hipercentro da cidade, a região industrial, a Região Norte, a região hospitalar, a do Barro Preto (Fórum Lafaiete e confecções), a da Praça da Liberdade (cultura e lazer), a Savassi (comercial) e a Pampulha (aeroporto, universidade). Só com esta nova rede será possível promover uma grande racionalização do sistema de transporte, reduzir os congestionamentos, acidentes e a poluição atmosférica. Por isso, a proposta conta com o nosso apoio, nossa decidida solidariedade e nossas melhores esperanças. Acima do interesse dos partidos e das urnas deste ano.
O tempo passou e esta justa reivindicação da comunidade metropolitana vem se esvaindo pela descrença e frustração que atravessam diferentes governos. E, com um detalhe ainda mais incômodo: constatamos a crônica paralisia do projeto, enquanto plantas de outras capitais avançam Brasil afora, acompanhando o crescimento natural da urbanização. Não é, portanto, sem razão que, em face de sua importância, o tema esteja, mais uma vez, de volta ao topo da agenda de prioridades dos mineiros da região metropolitana, neste ano de eleições gerais, em que temos a oportunidade de revisitar os nossos grandes desafios. Sua relevância e urgência alcançam tal ordem que, pela primeira vez, o projeto ganha forte defesa suprapartidária e mobiliza importantes lideranças de diferentes partidos e bandeiras, candidaturas diversas e programas diferenciados.
Na prática, apesar da nossa militância em campos opostos, estamos convergindo para formar um vigoroso consenso político em torno da execução integral do projeto. É neste sentido que vamos, juntos, reapresentá-lo aos presidenciáveis dos nossos partidos, como demanda comum e reivindicação rediviva de toda a coletividade. Esperamos que cada um dos presidenciáveis possa examiná-lo e assumir compromissos públicos e concretos para finalmente tornar o metrô realidade em nossa cidade. A soma de esforços que se organiza em torno dessa causa, ao contrário de significar um capricho da capital dos mineiros, nada mais é do que uma ação coordenada de recuperação de um longo e exaustivo tempo perdido por desencontros, que só têm prejudicado a população.
Nosso desejo é apoiar a execução do Plano Diretor de Transporte sobre Trilhos, elaborado pela Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) para Belo Horizonte, que consiste em três linhas básicas: a linha 1, que liga a Região Norte (Estação Vilarinho) à Oeste (Estação Eldorado, no limite BH/Contagem), que já funciona atualmente, precisa de urgente adequação para aumento de capacidade; a linha 2 ligará, em superfície, o Barreiro ao Calafate e, a partir dali, segue subterrânea à Avenida Amazonas e à região hospitalar (Santa Casa/Hospital das Clínicas); a linha 3 partirá da Savassi e alcançará a Pampulha, passando pela Lagoinha, totalmente subterrânea.
Numa primeira etapa, apoiamos a proposta apresentada pelo governo do estado de Minas Gerais e pela Prefeitura de Belo Horizonte, que contou com a participação da Prefeitura de Contagem e do governo federal para, por meio de parceria com a iniciativa privada, possibilitar a execução, a médio prazo, de parte do plano diretor: 1) adequação e ampliação até o Bairro Bernardo Monteiro, em Contagem, e, no sentido Norte, até a Cidade Administrativa Tancredo Neves; 2) a construção de parte da linha 2, do Barreiro ao Calafate; 3) a construção de parte da linha 3, da Savassi à Lagoinha. Ainda faz-se necessária a extensão da ligação ao município de Betim.
A CBTU já está elaborando os projetos de engenharia necessários à execução das obras pela União. O governo do estado realizou os estudos, modelagens e concebeu um edital de licitação que possibilitam a imediata contratação de uma empresa por meio de parceria público-privada (PPP), para assumir a operação do metrô e investir nas reformulações necessárias da linha 1, inclusive com a aquisição de novos trens e sistemas eletroeletrônicos. O governo do estado será responsável pela alocação de parte dos recursos que equilibrem a equação econômico-financeira necessária à concretização dos empreendimentos. O governo federal ficará responsável pela alocação de recursos e execução das obras das linhas 2 e 3. Ademais, a iniciativa privada fornecerá os trens e sistemas necessários ao funcionamento dessas linhas.
Com a implantação das novas linhas, o metrô atenderá a demanda de transporte na região metropolitana e, em especial, a área central de Belo Horizonte e todos os principais polos de geração e atração de demanda – o Hipercentro da cidade, a região industrial, a Região Norte, a região hospitalar, a do Barro Preto (Fórum Lafaiete e confecções), a da Praça da Liberdade (cultura e lazer), a Savassi (comercial) e a Pampulha (aeroporto, universidade). Só com esta nova rede será possível promover uma grande racionalização do sistema de transporte, reduzir os congestionamentos, acidentes e a poluição atmosférica. Por isso, a proposta conta com o nosso apoio, nossa decidida solidariedade e nossas melhores esperanças. Acima do interesse dos partidos e das urnas deste ano.
Para saber mais leia:
- O OCASO DAS FERROVIAS - DO METRÔ AO APAGÃO RODOVIÁRIO;
- O OCASO DAS FERROVIAS - DO APAGÃO RODOVIÁRIO À COPA 2014;
- O METRÔ DE BH SE ARRASTA SOBRE OS TRILHOS.
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