FIDEL E O POVO CUBANO FORAM ABSOLVIDOS PELA HISTÓRIA
Afirmou Manuel Zelaya na 39ª Assembleia Geral da OEA, após ser revogada a expulsão de Cuba desse organismo
• SAN PEDRO SULA, Honduras — O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, anfitrião da 39ª Assembleia Geral da OEA, afirmou em 3 de junho, que Fidel Castro, máximo líder da Revolução cubana, e seu povo foram absolvidos pela história e que se fez uma "sábia retificação" ao anular o acordo mediante o qual Cuba foi expulsa, em 1962, do sistema interamericano.
Embora os Estados Unidos tentassem impedi-lo, o tema Cuba atraiu a atenção dos chefes de Estado e chanceleres participantes desta reunião, e finalmente, Washington não teve outra alternativa que aceitar a decisão adotada sem condicionalidade.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que ao derrogar a expulsão de Cuba da OEA era lavada uma mancha que pesava sobre o organismo desde 1962.
Na sua intervenção no plenário, Ortega expressou que o próximo passo devia ser a eliminação do bloqueio imposto pelos EUA a Cuba há meio século.
Ressaltou que se fomos capazes de ganhar esta batalha, foi graças a que Cuba não se deu por vencida, não cedeu às múltiplas agressões que tem sofrido em todas as ordens.
Também destacou que, após 50 anos de bloqueio, Cuba continua firme, desenvolvendo-se e promovendo seus valores solidários.
Ortega acrescentou que os países da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) contribuíram para conseguir esta resolução, que considerou mais uma vitória do povo cubano, do povo de Martí e do povo de Fidel.
Por sua vez, a chanceler honrurenha, Patricia Rodas, transmitiu um abraço histórico e solidário ao povo de Cuba, ao ler o acordo que anulou de forma incondicional a 6ª Resolução adotada em 31 de janeiro de 1962, e disse que isto foi possível graças às delegações participantes, as quais consideraram ignominioso o documento obsoleto da OEA.
Da mesma maneira, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconi, assinalou: "Emendamos a história e isso satisfaz muito todos os latino-americanos".
Entretanto, segundo a CNN, os EUA tiveram que se adequar ao matiz do encontro, de acordo com o afirmado pelo subsecretário de Estado, Thomas A. Shannon, no seu discurso. (SE) •
Texto da Resolução
A ASSEMBLEIA GERAL:
RECONHECENDO o interesse compartilhado de todos os Estados-membros participantes;
GUIADA pelos propósitos e princípios estabelecidos pela Organização dos Estados Americanos na Carta da Organização e nos demais instrumentos fundamentais relacionados com a segurança, a democracia, a autodeterminação, a não-intervenção, os direitos humanos e o desenvolvimento;
CONSIDERANDO a abertura que caracterizou o diálogo dos chefes de Estado e de Governo na 5ª Cúpula das Américas, em Porto Espanha, e que com esse mesmo espírito os Estados-membros desejam estabelecer um âmbito amplo e revitalizado de cooperação nas relações hemisféricas: e
LEVANDO EM CONTA QUE, conforme o artigo 54 da Carta da Organização dos Estados Americanos, a Assembleia Geral é o órgão supremo da Organização,
RESOLVE:
Que a 6ª Resolução, adotada em 31 de janeiro de 1962, na 8ª Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores, mediante a qual foi excluído o governo de Cuba de sua participação no Sistema Interamericano, seja revogada na Organização dos Estados Americanos.
Que a participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado a pedido do governo de Cuba e conforme as práticas, os propósitos e princípios da OEA.
Fonte: Site Granma. Acessado em 04/06/2009
Clique aqui para acessar
• SAN PEDRO SULA, Honduras — O presidente de Honduras, Manuel Zelaya, anfitrião da 39ª Assembleia Geral da OEA, afirmou em 3 de junho, que Fidel Castro, máximo líder da Revolução cubana, e seu povo foram absolvidos pela história e que se fez uma "sábia retificação" ao anular o acordo mediante o qual Cuba foi expulsa, em 1962, do sistema interamericano.
Embora os Estados Unidos tentassem impedi-lo, o tema Cuba atraiu a atenção dos chefes de Estado e chanceleres participantes desta reunião, e finalmente, Washington não teve outra alternativa que aceitar a decisão adotada sem condicionalidade.
O presidente da Nicarágua, Daniel Ortega, afirmou que ao derrogar a expulsão de Cuba da OEA era lavada uma mancha que pesava sobre o organismo desde 1962.
Na sua intervenção no plenário, Ortega expressou que o próximo passo devia ser a eliminação do bloqueio imposto pelos EUA a Cuba há meio século.
Ressaltou que se fomos capazes de ganhar esta batalha, foi graças a que Cuba não se deu por vencida, não cedeu às múltiplas agressões que tem sofrido em todas as ordens.
Também destacou que, após 50 anos de bloqueio, Cuba continua firme, desenvolvendo-se e promovendo seus valores solidários.
Ortega acrescentou que os países da Alternativa Bolivariana para as Américas (ALBA) contribuíram para conseguir esta resolução, que considerou mais uma vitória do povo cubano, do povo de Martí e do povo de Fidel.
Por sua vez, a chanceler honrurenha, Patricia Rodas, transmitiu um abraço histórico e solidário ao povo de Cuba, ao ler o acordo que anulou de forma incondicional a 6ª Resolução adotada em 31 de janeiro de 1962, e disse que isto foi possível graças às delegações participantes, as quais consideraram ignominioso o documento obsoleto da OEA.
Da mesma maneira, o ministro das Relações Exteriores do Equador, Fander Falconi, assinalou: "Emendamos a história e isso satisfaz muito todos os latino-americanos".
Entretanto, segundo a CNN, os EUA tiveram que se adequar ao matiz do encontro, de acordo com o afirmado pelo subsecretário de Estado, Thomas A. Shannon, no seu discurso. (SE) •
Texto da Resolução
A ASSEMBLEIA GERAL:
RECONHECENDO o interesse compartilhado de todos os Estados-membros participantes;
GUIADA pelos propósitos e princípios estabelecidos pela Organização dos Estados Americanos na Carta da Organização e nos demais instrumentos fundamentais relacionados com a segurança, a democracia, a autodeterminação, a não-intervenção, os direitos humanos e o desenvolvimento;
CONSIDERANDO a abertura que caracterizou o diálogo dos chefes de Estado e de Governo na 5ª Cúpula das Américas, em Porto Espanha, e que com esse mesmo espírito os Estados-membros desejam estabelecer um âmbito amplo e revitalizado de cooperação nas relações hemisféricas: e
LEVANDO EM CONTA QUE, conforme o artigo 54 da Carta da Organização dos Estados Americanos, a Assembleia Geral é o órgão supremo da Organização,
RESOLVE:
Que a 6ª Resolução, adotada em 31 de janeiro de 1962, na 8ª Reunião de Consulta de Ministros das Relações Exteriores, mediante a qual foi excluído o governo de Cuba de sua participação no Sistema Interamericano, seja revogada na Organização dos Estados Americanos.
Que a participação de Cuba na OEA será o resultado de um processo de diálogo iniciado a pedido do governo de Cuba e conforme as práticas, os propósitos e princípios da OEA.
Fonte: Site Granma. Acessado em 04/06/2009
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