Fórum Social Mundial: Um novo mundo socialista possível, urgente e necessário
Editorial do Vermelho
Quando, em 25 de janeiro de 2001, a bandeira que diz "Um novo mundo é possível" foi desfraldada em Porto Alegre (RS), a luta anti-neoliberal deu um passo decisivo ao juntar, num mesmo evento, milhares de militantes do largo espectro anticapitalista de todo o mundo.
Desde então, todos os inícios de ano aquela bandeira voltou a tremular, numa rica troca de experiências que, desde então, marca e aprofunda a resistência dos povos e dos trabalhadores. O Fórum Social Mundial surgiu como uma reação ao encontro anual em Davos (Suíça) onde magnatas mundiais debatem, desde 1971, os rumos da economia mundial.
E demonstra manter esse espírito quando, em sua 10º edição - aberta hoje em Porto Alegre -, aponta para a necessidade dos lutadores pelo progresso social encontrarem um caminho comum para enfrentar os problemas contemporâneos, neste mundo que parece deixar para trás aquele de 2001, quando o FSM começou a se reunir. A bandeira desfraldada em 2001 continua de pé!
O FSM coroa o movimento que vinha crescento desde meados da década de 1990 contra a globalização neoliberal, marcado por protestos populares como ocorridos em outubro de 1993 em Bangalore (Índia) contra o neoliberalismo. Em junho de 1999 houve com manifestações em todo o mundo contra o FMI, e em novembro daquele ano ocorreu um verdadeiro levante em Seattle (EUA) contra uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se espalhou pelos EUA e outros países.
As reuniões anuais (algumas delas descentralizadas, como as que ocorreram em 2006, 2008 e agora, em 2010) acompanharam a elevação da luta dos povos e dos trabalhadores a um novo patamar.
Era uma outra etapa da luta contra o imperialismo e sua expressão, o neoliberalismo; hoje, a ofensiva progressista, democrática e nacionalista é mais forte do que em 2001. Com certeza o FSM contribuiu para essa mudança vitoriosa. Ao propiciar a rica troca de experiências, opiniões e informações, ajudou a fortalecer a luta dos povos. E passou de 15 mil participantes no primeiro Fórum, para 120 mil em 2009 - um crescimento que merece destaque.
Hoje surgem novas preocupações, decorrentes do próprio avanço da luta contra a globalização neoliberal. Um exemplo delas foi manifestado pelo sociólogo português Boaventura Sousa Santos, para quem a presença militar dos EUA na América Latina (particularmente na Colômbia) e a vitória da direita na eleição presidencial chilena sinalizam mudanças que a região terá que enfrentar para consolidar os avanços já alcançados. Esse temor tem sentido e sinaliza a necessidade da luta prosseguir.
Os cerca de 10 mil participantes da etapa Porto Alegre do FSM-2010 manifestam otimismo antes estes desafios, expresso nas faixas e bandeiras da marcha de abertura. Unidade na diversidade: este foi o tom que se pode notar, expresso também na afirmação de Francisco Whitaker, um dos idealizadores do FSM, de que o slogan "um outro mundo é possível" precisa ser atualizado, face à realidade atual, incorporando as palavras "necessário e urgente". E socialista, acrescentamos.
Desde então, todos os inícios de ano aquela bandeira voltou a tremular, numa rica troca de experiências que, desde então, marca e aprofunda a resistência dos povos e dos trabalhadores. O Fórum Social Mundial surgiu como uma reação ao encontro anual em Davos (Suíça) onde magnatas mundiais debatem, desde 1971, os rumos da economia mundial.
E demonstra manter esse espírito quando, em sua 10º edição - aberta hoje em Porto Alegre -, aponta para a necessidade dos lutadores pelo progresso social encontrarem um caminho comum para enfrentar os problemas contemporâneos, neste mundo que parece deixar para trás aquele de 2001, quando o FSM começou a se reunir. A bandeira desfraldada em 2001 continua de pé!
O FSM coroa o movimento que vinha crescento desde meados da década de 1990 contra a globalização neoliberal, marcado por protestos populares como ocorridos em outubro de 1993 em Bangalore (Índia) contra o neoliberalismo. Em junho de 1999 houve com manifestações em todo o mundo contra o FMI, e em novembro daquele ano ocorreu um verdadeiro levante em Seattle (EUA) contra uma reunião da Organização Mundial do Comércio (OMC), que se espalhou pelos EUA e outros países.
As reuniões anuais (algumas delas descentralizadas, como as que ocorreram em 2006, 2008 e agora, em 2010) acompanharam a elevação da luta dos povos e dos trabalhadores a um novo patamar.
Era uma outra etapa da luta contra o imperialismo e sua expressão, o neoliberalismo; hoje, a ofensiva progressista, democrática e nacionalista é mais forte do que em 2001. Com certeza o FSM contribuiu para essa mudança vitoriosa. Ao propiciar a rica troca de experiências, opiniões e informações, ajudou a fortalecer a luta dos povos. E passou de 15 mil participantes no primeiro Fórum, para 120 mil em 2009 - um crescimento que merece destaque.
Hoje surgem novas preocupações, decorrentes do próprio avanço da luta contra a globalização neoliberal. Um exemplo delas foi manifestado pelo sociólogo português Boaventura Sousa Santos, para quem a presença militar dos EUA na América Latina (particularmente na Colômbia) e a vitória da direita na eleição presidencial chilena sinalizam mudanças que a região terá que enfrentar para consolidar os avanços já alcançados. Esse temor tem sentido e sinaliza a necessidade da luta prosseguir.
Os cerca de 10 mil participantes da etapa Porto Alegre do FSM-2010 manifestam otimismo antes estes desafios, expresso nas faixas e bandeiras da marcha de abertura. Unidade na diversidade: este foi o tom que se pode notar, expresso também na afirmação de Francisco Whitaker, um dos idealizadores do FSM, de que o slogan "um outro mundo é possível" precisa ser atualizado, face à realidade atual, incorporando as palavras "necessário e urgente". E socialista, acrescentamos.
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