A EXPANSÃO DA AREIA
Por Cléber Sérgio de Seixas
Conforme informei em outros posts, estou de férias no litoral sul baiano, na cidade de Prado. Estou deslumbrado com a beleza das praias da região e com a exuberância da orla. O povo da cidade é bem prestativo, sobretudo em dar informações. Os preços dos petiscos nas praias, como em tantas outras Brasil afora, é bem salgado, mas convenhamos, as pessoas que vivem do turismo têm que aproveitar a temporada para ganhar uns trocados.
Ontem, no início da tarde, por volta das 13, percebi que a maré começou a subir. Lá pelas 16 horas o mar já estava quase em estado de ressaca. O proprietário de uma barraca de petiscos que àquela altura estava praticamente tomada pela areia, contou-me que há mais ou menos dez anos o mar ficava a uns cento e cinqüenta metros dali. Observando melhor percebi fragmentos de alvenaria à beira mar. Dentre os detritos encontravam-se pedaços do outras barracas que outrora ofereciam seus serviços aos banhistas.
Logo atrás de onde se encontravam as barracas existe um lago cujas águas doces estão sendo gradualmente invadidas pelas águas salobras do mar – encontro fatal para o tipo de vida que habita o pequeno lago. Coqueiros caídos se multiplica pela praia, tombados pela falta de solo para sustentá-los. Nos arredores, observei uma rede e pensei tratar-se daquelas para jogar tênis. Uma observação mais apurada revelou que na verdade era a rede daquilo que um dia fora uma quadra de vôlei. Comentei com minha esposa que é bem possível que daqui a uns cinco anos todo o lago de água doce desapareça para dar lugar à praia e que eventos semelhantes podem estar ocorrendo em todos os litorais do mundo. Várias casas na região estão à venda, sobretudo aquelas localizadas à beira da praia.
Tal situação se deve às alterações climáticas que hoje assolam o meio-ambiente de todo o globo, e que são conseqüência direta do nosso modelo de sociedade. No último século castigamos o planeta numa intensidade maior do que nas várias centenas de séculos anteriores. As previsões para os próximos cem anos não são nada animadoras. O nível do mar deve subir vários centímetros, ameaçando cidades litorâneas e a população que vive e sobrevive nas mesmas.
Infelizmente pouco pode ser feito para reverter esse quadro em curto prazo. No entanto, para que resultados sejam colhidos nos próximos cinqüenta anos pelos nossos filhos e netos, ações devem ser levadas a cabo a partir de hoje. Por hora, o que podemos fazer é aproveitar as belezas naturais de nosso litoral sabendo que em pouco tempo belíssimas paisagens poderão desaparecer.
Ontem, no início da tarde, por volta das 13, percebi que a maré começou a subir. Lá pelas 16 horas o mar já estava quase em estado de ressaca. O proprietário de uma barraca de petiscos que àquela altura estava praticamente tomada pela areia, contou-me que há mais ou menos dez anos o mar ficava a uns cento e cinqüenta metros dali. Observando melhor percebi fragmentos de alvenaria à beira mar. Dentre os detritos encontravam-se pedaços do outras barracas que outrora ofereciam seus serviços aos banhistas.
Logo atrás de onde se encontravam as barracas existe um lago cujas águas doces estão sendo gradualmente invadidas pelas águas salobras do mar – encontro fatal para o tipo de vida que habita o pequeno lago. Coqueiros caídos se multiplica pela praia, tombados pela falta de solo para sustentá-los. Nos arredores, observei uma rede e pensei tratar-se daquelas para jogar tênis. Uma observação mais apurada revelou que na verdade era a rede daquilo que um dia fora uma quadra de vôlei. Comentei com minha esposa que é bem possível que daqui a uns cinco anos todo o lago de água doce desapareça para dar lugar à praia e que eventos semelhantes podem estar ocorrendo em todos os litorais do mundo. Várias casas na região estão à venda, sobretudo aquelas localizadas à beira da praia.
Tal situação se deve às alterações climáticas que hoje assolam o meio-ambiente de todo o globo, e que são conseqüência direta do nosso modelo de sociedade. No último século castigamos o planeta numa intensidade maior do que nas várias centenas de séculos anteriores. As previsões para os próximos cem anos não são nada animadoras. O nível do mar deve subir vários centímetros, ameaçando cidades litorâneas e a população que vive e sobrevive nas mesmas.
Infelizmente pouco pode ser feito para reverter esse quadro em curto prazo. No entanto, para que resultados sejam colhidos nos próximos cinqüenta anos pelos nossos filhos e netos, ações devem ser levadas a cabo a partir de hoje. Por hora, o que podemos fazer é aproveitar as belezas naturais de nosso litoral sabendo que em pouco tempo belíssimas paisagens poderão desaparecer.
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