METRÔ É A SOLUÇÃO
Celso de Moura Reis - engenheiro
A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) apresentou a proposta de implantação do “BRT” (corredor rápido de transporte), que prevê pistas exclusivas nas principais avenidas da capital destinadas ao uso dos ônibus. A implantação do “BRT” vai requerer obras pesadas (travessias, viadutos) e isolamento de pistas nas avenidas, que serão atendidas pelo sistema de transporte rápido. O caótico trânsito da capital mostra que somente a implantação do sistema “BRT”, embora seja uma boa proposta, não vai solucionar o problema do deficiente transporte coletivo em BH, devido a uma constatação muito clara: as saturadas avenidas vão ficar com pistas ainda mais estranguladas, em função da exigência de faixas exclusivas destinadas ao deslocamento dos ônibus do sistema “BRT”.
Mesmo admitindo a redução do número de veículos particulares nas avenidas depois da implantação do sistema, o trânsito continuará congestionado. O aumento da frota de veículos é muito superior à capacidade do poder público de investir em melhoria da infraestrutura viária da cidade. As alterações recentes feitas na Av. Nossa Senhora do Carmo, mostram que priorizar o transporte coletivo requer ações mais abrangentes do que o aumento da frota de ônibus e o uso de faixas preferenciais para o transporte público nas avenidas.
Por outro lado, a implantação das linhas 2 e 3 do metrô – projeto ainda acanhado para o porte da cidade – vai atender de forma muito mais efetiva ao transporte público. O metrô com trechos subterrâneos não restringe faixas nas estreitas avenidas e nem interfere no fluxo de veículos, propiciando o deslocamento de um maior número de pessoas em um transporte coletivo mais rápido, seguro, menos poluidor e de melhor qualidade, resultando em melhoria da mobilidade. A combinação do metrô com o veículo leve sobre trilhos (VLT) que poderia ser implantado para acesso às cidades da grande BH, seria certamente uma solução mais adequada para o futuro de BH, de menor custo operacional e menos poluidora, permitindo de fato a redução do excessivo trânsito de veículos particulares e ônibus nas principais artérias de transporte da cidade e regiões próximas.
Se a implantação do metrô (linhas 2 e 3) requer altos investimentos, mais caro ainda é não implantá-lo. Basta analisar os gastos com combustíveis (veículos particulares e ônibus), manutenção da estrutura viária da cidade, tempo perdido em congestionamentos, excesso de poluição provocada pelo trânsito de veículos e gastos pesados decorrentes dos acidentes no trânsito da capital. A todos esses custos devem ser somados ainda os altos investimentos necessários à implantação do sistema “BRT” – que se implantado de forma isolada não soluciona o problema do transporte coletivo deficiente.
Mesmo admitindo a redução do número de veículos particulares nas avenidas depois da implantação do sistema, o trânsito continuará congestionado. O aumento da frota de veículos é muito superior à capacidade do poder público de investir em melhoria da infraestrutura viária da cidade. As alterações recentes feitas na Av. Nossa Senhora do Carmo, mostram que priorizar o transporte coletivo requer ações mais abrangentes do que o aumento da frota de ônibus e o uso de faixas preferenciais para o transporte público nas avenidas.
Por outro lado, a implantação das linhas 2 e 3 do metrô – projeto ainda acanhado para o porte da cidade – vai atender de forma muito mais efetiva ao transporte público. O metrô com trechos subterrâneos não restringe faixas nas estreitas avenidas e nem interfere no fluxo de veículos, propiciando o deslocamento de um maior número de pessoas em um transporte coletivo mais rápido, seguro, menos poluidor e de melhor qualidade, resultando em melhoria da mobilidade. A combinação do metrô com o veículo leve sobre trilhos (VLT) que poderia ser implantado para acesso às cidades da grande BH, seria certamente uma solução mais adequada para o futuro de BH, de menor custo operacional e menos poluidora, permitindo de fato a redução do excessivo trânsito de veículos particulares e ônibus nas principais artérias de transporte da cidade e regiões próximas.
Se a implantação do metrô (linhas 2 e 3) requer altos investimentos, mais caro ainda é não implantá-lo. Basta analisar os gastos com combustíveis (veículos particulares e ônibus), manutenção da estrutura viária da cidade, tempo perdido em congestionamentos, excesso de poluição provocada pelo trânsito de veículos e gastos pesados decorrentes dos acidentes no trânsito da capital. A todos esses custos devem ser somados ainda os altos investimentos necessários à implantação do sistema “BRT” – que se implantado de forma isolada não soluciona o problema do transporte coletivo deficiente.
Fonte: Jornal Estado de Minas - 28/12/2009
Comentários