Professor: uma espécie em extinção
Por Cléber Sérgio de Seixas
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O vídeo do depoimento da professora Amanda Gurgel durante uma audiência pública na Assembléia Legislativa do Rio Grande do Norte sintetiza as angústias que afligem os educadores brasileiros. Salários baixos, salas superlotadas, alunos problemáticos, falta de material escolar e infra-estrutura precária são apenas alguns dos problemas enfrentados pelos docentes em todo o país.
Os professores ainda enfrentam jornada dupla, pois à jornada normal de trabalho se somam outras horas gastas em casa na elaboração de atividades, correção de provas, avaliação dos alunos etc. A mais-valia dos docentes corre por conta desta jornada extra.
Minha esposa, que coopera comigo neste blog, possui graduação em curso Normal Superior e especialização em Psicopedagogia. É professora de educação básica (1º ao 5º ano) na rede municipal de Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Para uma jornada 98 horas mensais, percebe um salário de R$ 700,94. Em função da pós-graduação, recebe um adicional de 12%, o que eleva seu salário para R$ 785,05. Somando-se a essa quantia o adicional por insalubridade e o auxílio transporte, sua remuneração sobe para R$ 810,00. Com esse mísero salário, tal como a professora Amanda Gurgel, minha esposa vê-se obrigada a dar aulas em outros turnos para complementar a renda.
O sindicato de professores local tenta mobilizar a categoria para uma greve que reivindica, dentre outras coisas, aumento de salário. Não é tarefa fácil, haja vista que, paradoxalmente à vala comum onde são atirados pelos gestores públicos, os professores constituem uma classe desunida. Assim sendo, o movimento pode iniciar já fadado ao fracasso.
Enquanto o famigerado piso nacional não chega, resta aos professores a lida diária na qual fazem papel de educadores, pais/mães, psicólogos, médicos, babás e, caso a violência nas escolas persista e aumente, de agentes penitenciários. Apesar desta multiplicidade de atribuições, os sofridos professores seguem desvalorizados e desmotivados; representantes de uma profissão em extinção.
Reproduzo abaixo o vídeo com o discurso da professora Amanda Gurgel.
Os professores ainda enfrentam jornada dupla, pois à jornada normal de trabalho se somam outras horas gastas em casa na elaboração de atividades, correção de provas, avaliação dos alunos etc. A mais-valia dos docentes corre por conta desta jornada extra.
Minha esposa, que coopera comigo neste blog, possui graduação em curso Normal Superior e especialização em Psicopedagogia. É professora de educação básica (1º ao 5º ano) na rede municipal de Ribeirão das Neves, Minas Gerais. Para uma jornada 98 horas mensais, percebe um salário de R$ 700,94. Em função da pós-graduação, recebe um adicional de 12%, o que eleva seu salário para R$ 785,05. Somando-se a essa quantia o adicional por insalubridade e o auxílio transporte, sua remuneração sobe para R$ 810,00. Com esse mísero salário, tal como a professora Amanda Gurgel, minha esposa vê-se obrigada a dar aulas em outros turnos para complementar a renda.
O sindicato de professores local tenta mobilizar a categoria para uma greve que reivindica, dentre outras coisas, aumento de salário. Não é tarefa fácil, haja vista que, paradoxalmente à vala comum onde são atirados pelos gestores públicos, os professores constituem uma classe desunida. Assim sendo, o movimento pode iniciar já fadado ao fracasso.
Enquanto o famigerado piso nacional não chega, resta aos professores a lida diária na qual fazem papel de educadores, pais/mães, psicólogos, médicos, babás e, caso a violência nas escolas persista e aumente, de agentes penitenciários. Apesar desta multiplicidade de atribuições, os sofridos professores seguem desvalorizados e desmotivados; representantes de uma profissão em extinção.
Reproduzo abaixo o vídeo com o discurso da professora Amanda Gurgel.
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