Paralelos entre Getúlio e Lula
Por Cléber Sérgio de Seixas
É possível traçar alguns paralelos entre a era Vargas e a era Lula. Um dos maiores nexos reside no tratamento que a mídia dispensou a ambos. Capitaneada pelo corvo Carlos Lacerda, a imprensa, dia a dia, tratava de minar as forças do governo Vargas, sobretudo depois que seu ministro do trabalho, João Goulart, dobrou o valor do salário mínimo e após a criação da Petrobrás.
O atentado da Rua Tonelero, ocorrido no dia 5 de agosto, que vitimou fatalmente o major Rubens Vaz e feriu Lacerda, foi o estopim para o acirramento das críticas da imprensa golpista ao governo do "pai dos pobres", e um dos marcos do processo que culminaria no fim trágico do presidente da República mais popular até então. O tiro que Vargas deu no próprio peito há exatos 56 anos adiou o golpe militar por uma década. Abaixo, reproduzo o parágrafo final da Carta Testamento redigida por Vargas horas antes de seu suicídio (cliquem aqui para lê-la na íntegra).
"E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".
Os ataques da imprensa a Lula tem sido tão ou mais veementes que aqueles feitos a Vargas. As críticas vão desde um suposto aparelhamento do Estado promovido pelo partido do presidente, o PT, passando por denúncias sem fim sobre corrupção, a avaliações negativas das políticas sociais promovidas pelo governo, políticas que segundo os críticos seriam demagógicas e assistencialistas.
Outro paralelo importante é quanto ao crescimento econômico alcançado pela nação sob as gestões de Vargas e de Lula. Em ambas o país deu um salto enorme. No caso de Vargas, sua chegada ao poder sepultou a hegemonia das oligarquias agrárias, introduziu o país na senda da industrialização e urbanização, via política de substituições de importações, e legou-nos a Petrobrás. Já sob Lula o Estado tomou novamente as rédeas do desenvolvimento econômico, deu lugar de destaque ao Brasil no cenário econômico internacional e nos prepara para beber na fonte do pré-sal.
A diferença principal entre Lula e Vargas, além da origem humilde do primeiro, é que Lula projetou-se além das nossas fronteiras e tornou-se notório e respeitado mundialmente, algo jamais sonhado pelo presidente gaúcho.
No entanto, os inimigos de Vargas são os mesmos que hoje combatem Lula e seu governo. Os entreguistas da nação - aqueles que nunca se fartam do suor e do sangue do povo e, tais como um certo ex-presidente, preferem cheiro de cavalo a cheiro de povo - ainda estão a espreita, prontos para dar de bandeja, ou a custa de umas poucas 30 moedas, as riquezas desta grande nação. As constantes infâmias e mentiras não tem abatido o ânimo de Lula e, ao que tudo indica, o ex-metalúrgico fará sua sucessora em 3 de outubro. Caso isso ocorra, é possível que Lula volte em 2014 nos braços do povo e dê um fôlego de mais 8 anos à atual dinâmica.
Lula e Vargas entrarão para a História como os maiores presidentes que o Brasil já teve. As críticas que fizeram a Vargas e hoje fazem a Lula não serão suficientes para apagar da memória dos brasileiros o que eles significam para a nação.
É possível traçar alguns paralelos entre a era Vargas e a era Lula. Um dos maiores nexos reside no tratamento que a mídia dispensou a ambos. Capitaneada pelo corvo Carlos Lacerda, a imprensa, dia a dia, tratava de minar as forças do governo Vargas, sobretudo depois que seu ministro do trabalho, João Goulart, dobrou o valor do salário mínimo e após a criação da Petrobrás.
O atentado da Rua Tonelero, ocorrido no dia 5 de agosto, que vitimou fatalmente o major Rubens Vaz e feriu Lacerda, foi o estopim para o acirramento das críticas da imprensa golpista ao governo do "pai dos pobres", e um dos marcos do processo que culminaria no fim trágico do presidente da República mais popular até então. O tiro que Vargas deu no próprio peito há exatos 56 anos adiou o golpe militar por uma década. Abaixo, reproduzo o parágrafo final da Carta Testamento redigida por Vargas horas antes de seu suicídio (cliquem aqui para lê-la na íntegra).
"E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História".
Os ataques da imprensa a Lula tem sido tão ou mais veementes que aqueles feitos a Vargas. As críticas vão desde um suposto aparelhamento do Estado promovido pelo partido do presidente, o PT, passando por denúncias sem fim sobre corrupção, a avaliações negativas das políticas sociais promovidas pelo governo, políticas que segundo os críticos seriam demagógicas e assistencialistas.
Outro paralelo importante é quanto ao crescimento econômico alcançado pela nação sob as gestões de Vargas e de Lula. Em ambas o país deu um salto enorme. No caso de Vargas, sua chegada ao poder sepultou a hegemonia das oligarquias agrárias, introduziu o país na senda da industrialização e urbanização, via política de substituições de importações, e legou-nos a Petrobrás. Já sob Lula o Estado tomou novamente as rédeas do desenvolvimento econômico, deu lugar de destaque ao Brasil no cenário econômico internacional e nos prepara para beber na fonte do pré-sal.
A diferença principal entre Lula e Vargas, além da origem humilde do primeiro, é que Lula projetou-se além das nossas fronteiras e tornou-se notório e respeitado mundialmente, algo jamais sonhado pelo presidente gaúcho.
No entanto, os inimigos de Vargas são os mesmos que hoje combatem Lula e seu governo. Os entreguistas da nação - aqueles que nunca se fartam do suor e do sangue do povo e, tais como um certo ex-presidente, preferem cheiro de cavalo a cheiro de povo - ainda estão a espreita, prontos para dar de bandeja, ou a custa de umas poucas 30 moedas, as riquezas desta grande nação. As constantes infâmias e mentiras não tem abatido o ânimo de Lula e, ao que tudo indica, o ex-metalúrgico fará sua sucessora em 3 de outubro. Caso isso ocorra, é possível que Lula volte em 2014 nos braços do povo e dê um fôlego de mais 8 anos à atual dinâmica.
Lula e Vargas entrarão para a História como os maiores presidentes que o Brasil já teve. As críticas que fizeram a Vargas e hoje fazem a Lula não serão suficientes para apagar da memória dos brasileiros o que eles significam para a nação.
Comentários