AO PLANALTO, DILMA!

Dilma e Lula no IV Congresso do PT. Foto: O Globo


Por Cléber Sérgio de Seixas

Finalmente, foi confirmada a candidatura de Dilma Rousseff à presidência da república. A sorte está lançada. O PT e aliados podem esperar uma campanha acirrada, em cujo processo os ânimos prometem estar exaltados.

Está em jogo a continuidade das realizações de um governo com altíssima aprovação popular. Muitos já consideram essa uma eleição plebiscitária, ou seja, na qual os eleitores optarão pela continuidade de um governo para a maioria, com todos os seus defeitos, que não são poucos, diga-se de passagem, ou pela volta de um neoliberalismo à moda tupiniquim, que tantos males trouxe à nação nos anos 90, ressalvando inquestionáveis feitos tais como o controle da inflação sob o Plano Real. O aspecto plebiscitário das eleições 2010 também se revela na escolha popular entre a continuidade do crescimento da nação, e a conseqüente ascensão rumo ao clube das nações mais desenvolvidas do planeta, ou a regressão a patamares onde o Brasil não passava de uma nação cujas decisões econômicas e políticas se revelavam sempre em subordinação a interesses estrangeiros, sobretudo de organizações como FMI e Banco Mundial; a reboque da vontade das grandes potências de plantão.

Assim sendo, já definido quem é a candidata de Lula, pode-se esperar ataques dos mais diversos naipes, com golpes abaixo da cintura, ou seja, uma campanha eleitoral na qual a oposição, acuada que está por diversos escândalos - (do “panetonegate” de Arruda à recente condenação em primeira instância pela justiça eleitoral do, também demo, prefeito paulista Gilberto Kassab) e pela queda constante nas pesquisas eleitorais do principal adversário de Dilma, José Serra, - se valerá de todos os meios para manter-se no páreo. Democratas e tucanos jogarão todas as suas cartas na mesa e não hesitarão em utilizar meios lícitos e ilícitos para impedir a vitória da candidata de Lula. Para tal, contarão com a ajuda do Partido da Imprensa Golpista (PIG) que, a essa altura, não disfarça mais de que lado está. Os eleitores podem esperar a produção em escala industrial de toda sorte de factóides e pseudo-escândalos destinados a minar a candidatura de Dilma. Nesse processo, não pode ser descartada a ação, nos bastidores, de organizações estrangeiras, tais como a CIA, para não deixar a tradição latino-americana fenecer.

Enquanto o PT e aliados apresentam sua candidata, a oposição, sobretudo o maior adversário do governo, o PSDB, se mantém num silêncio ensurdecedor. Dilma sobe nas pesquisas ao passo que Serra cai. Nesse contexto cogitou-se até a possibilidade de uma chapa “puro sangue” encabeçada por Aécio Neves e tendo Serra como vice.

Portanto, é hora de aqueles que sempre foram afligidos pela desigualdade social que por anos a fio vigeu neste país - e que nos últimos oito anos se viram contemplados por políticas públicas que lhes favoreceram (bolsa família, PROUNI, cotas raciais em universidades públicas, Luz para Todos, Minha Casa Minha Vida, aumento do poder aquisitivo do salário mínimo, etc) e serviriam para diminuir tal desigualdade - se unirem em torno do nome de Dilma, um nome que significa a continuidade da era Lula. Neste rol eu me incluo e já manifesto meu voto na candidata petista.

Estejamos, pois, atentos aos ataques da grande mídia golpista e de seus asseclas: meia dúzia de burgueses que não gosta do cheiro do povo e quer manter seus status quo em detrimento do bem estar da maioria.

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