O padrão Globo de manipulação está de volta


Por Cléber Sérgio de Seixas


Dilma Rousseff tem na tragédia ocorrida na região serrana do Rio de Janeiro o batismo de fogo de seu governo perante a imprensa. Mal começou o mandato e a mídia golpista já tenta desgastar sua imagem utilizando como ferramenta o que tem sido avaliado como a maior catástrofe natural do Brasil. A imprensa marrom quer repetir com Dilma o que fez durante os oito anos do governo Lula, ou seja, debitar na conta da presidente a culpa por epidemias e catástrofes naturais e não naturais.

Não bastou Dilma sujar os pés com a lama que desceu das encostas de Nova Friburgo no dia 13 último, destacar 586 militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica para atuar no socorro às vítimas, liberar, via Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, 8.000 cestas de alimentos para a região, disponibilizar, através do Ministério da Saúde, 7 toneladas de medicamentos e insumos, colocar à disposição 4000 barracas de lona, repassar 100 milhões de reais ao governo fluminense e aos municípios atingidos, além de liberar o Bolsa Família para 20 mil beneficiados no estado do Rio (dados do Planalto), para a mídia reconhecer seu empenho em lidar com a situação.

Já se ouvem ilações acerca de uma suposta responsabilidade do governo federal pela tragédia, quando é sabido que os maiores responsáveis em tais casos são os municípios e o governo estadual, nessa ordem.

Não é novidade que a Globo usa e abusa de sua concessão no espectro eletromagnético de radiofreqüência. Ao que tudo indica, seguirá encabeçando a oposição midiática ao governo federal. Uma amostra do padrão Globo de manipulação pôde ser vista no Jornal Nacional que foi ao ar na última sexta-feira, quando o telejornal mostrou imagens da primeira reunião da presidenta com seu ministério. Pelos trechos da reunião que foram mostrados, percebe-se que o noticiário global tentou passar a impressão de que Dilma e seus ministros sorriam e mascavam chicletes enquanto tratavam da catástrofe que assolou o Rio de Janeiro, como se esta fosse motivo para gargalhadas.

Percebam que no momento em que a repórter Poliana Abritta informa que “o problema das enchentes ocupou boa parte da reunião ministerial” as imagens que são veiculadas mostram Dilma e alguns ministros sorrindo e o ministro Guido Mantega mascando chicletes. O telespectador mais atento perceberá que se trata de uma edição tendenciosa e “friamente calculada”.

Ilude-se quem pensa que a imprensa, sem regulação, alterará seu modus operandi. O padrão Globo de manipulação, por exemplo, segue de vento em popa.

Abaixo a reportagem do JN.



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