Globo e Collor, tudo a ver

Por Cléber Sérgio de Seixas

Como sempre afirma o nobre jornalista Mino Carta, é de conhecimento até do mundo mineral que a Globo favoreceu o então candidato Fernando Collor de Mello durante a campanha eleitoral à Presidência da República em 1989. No entanto, o que até agora não se havia visto ou ouvido foi alguém do establishment global admitir publicamente tal favorecimento.

Isso perdurou até que José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, vulgo Boni, ex alto executivo da Globo, declarasse em entrevista ao jornalista Geneton de Moraes Neto no programa Dossiê Globo News que a emissora dos Marinho assessorou Collor durante o famigerado debate do segundo turno das primeiras eleições diretas para presidente depois do período militar. Durante a entrevista, Boni admitiu que foi procurado pela assessoria de Collor e que a equipe da Globo manipulou o debate entre ele e Lula em 1989, com direito a suor cenográfico de glicerina no candidato do PRN e pastas vazias que conteriam documentos que incriminariam o candidato petista.

A reportagem sobre o assunto exibida ontem pelo programa Domingo Espetacular da Record é oportuna na medida em que refresca a memória daqueles que viveram aqueles tempos, bem como escancara às novas gerações o passado de triste memória das Organizações Globo.

Reproduzo abaixo a reportagem em sua íntegra.


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