CARTA ABERTA AO MINISTRO ORLANDO SILVA

Por Jeferson Malaguti Soares *


Prezado camarada Orlando,

Você foi mais uma vítima do julgamento sumário imposto pela oposição irracional ao governo Dilma, acobertado e estimulado pela mídia nacional.

Nosso universo midiático se associa ao grupelho de bajuladores do neoliberalismo, pela odiosidade, no reacionarismo, na falta de generosidade, no mercenarismo. Destila seu ódio mesmo sabendo que nunca conseguirá dobrar a espinha dorsal da presidenta, nem a sua e muito menos a do PCdoB, que, na véspera de seus 90 anos de vida ilibada é surpreendido por essa ignomínia. Movida por tamanha carga de ódio - uma decorrência, tenho certeza, da frustração que sente ao constatar a superioridade moral do nosso partido e dos governos populares de Lula e Dilma - participa com entusiasmo sádico da campanha que visa, primordialmente, desestabilizar o país e suas instituições democráticas, conquistadas duramente após a ditadura militar, a qual essa mesma mídia burguesa ajudou a colocar no poder.

É preciso registrar, no entanto, que em meio a essas manifestações de ódio e rancor, nós do PCdoB somos alvo de comovedoras demonstrações de afeto, solidariedade e apoio, de brasileiros verdadeiros, nacionalistas, patriotas.

A imprensa capitalista demanda capital à custa do sofrimento do povo. Encarrega-se de forjar, preservar e divulgar imagem positiva do neoliberalismo e negativa dos governos e partidos voltados para o social. Há na mídia nacional uma febre de aversão aos socialistas como nós, que lógica alguma é capaz de conter. Redatores servis e farsantes, cordatos e obsequiosos, são movidos pelas polpudas verbas publicitárias dos governos neoliberais que ainda grassam em alguns Estados. São profissionais que entraram pelas portas laterais do jornalismo. Não reconhecem o que representa para o povo brasileiro humilde uma esperança de vida melhor, de acesso a bens materiais. Essa é a mídia que adora criar “eventos” do nada, que controla todos os institutos de pesquisa. Claro que há exceções, pois são elas que justificam as regras. Revistas como Carta Capital e Caros Amigos são exemplos de jornalismo crítico, porém imparcial, apartidário e pluralista.

Nós do PCdoB sabemos que a miséria é desnecessária, que a conquista do bem-estar coletivo é essencial e que um país não pode sobreviver com injustiça social criminosa. Acreditamos também numa imprensa livre, mas responsável, independente face a grupos de poder e que mantenha com seus leitores/ouvintes/telespectadores relação de transparência e honestidade.

Repelimos e condenamos publicamente qualquer tipo de ingerência do poder do Estado e/ou do Capital sobre a atividade intelectual. No entanto não podemos aceitar que órgãos da imprensa promovam campanhas para desacreditar pessoas e entidades públicas, a serviço de partidos políticos, grupos econômicos ou de tendência ideológica diferente. A verdade não pode ser torcida ou politizada. As convicções não podem estar sujeitas a conveniências. Fatos não devem ser omitidos.

Uma realidade, porém, está vindo à tona. Quem se cansou da mídia mentirosa e golpista foi a classe operária brasileira e os verdadeiros intelectuais do país. Estamos fartos do discurso que protege uma cultura patrimonialista, em que a tradição é o privado se apropriar do público. Receba, pois, camarada Orlando, nosso apoio, solidariedade e a certeza de que, mais dia menos dia, a verdade prevalecerá.

VIVA O PARTIDO COMUNISTA DO BRASIL!


* Comitê Municipal do PCdoB de Ribeirão das Neves-MG - Secretário de Comunicação.
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