A desconstrução de Lula e a reconstrução de FHC
Por Cléber Sérgio de Seixas
Ouvir Alexandre Garcia tecer elogios ao governo da presidente Dilma não tem preço. Já é pacífico que a mídia brasileira partidarizada - depois de tanto ter batido na então candidata petista à presidência, naquela que foi a campanha eleitoral presidencial de mais baixo nível dos últimos tempos – resolveu partir para a adulação de Dilma Rousseff.
Não faltam elogios de intelectuais, articulistas, jornalistas e de gente que até as vésperas da eleição insistia em afirmar que o melhor para o Brasil seria a eleição de José Serra e que Dilma não passava de um poste. Os cães que até há pouco faziam xixi no poste, agora abanam o rabo. Os primeiros movimentos do governo da petista, destacado o corte de R$ 50 bilhões em despesas, são saudados com euforia pelos neoliberais de plantão através de seus tentáculos midiáticos.
Pelo visto, a estratégia da grande mídia é criar pontos de interseção entre tais medidas de cunho neoliberal do governo Dilma - nos moldes dos "choques de gestão" tucanos - com os oito anos da gestão FHC, de forma a passar a idéia de que Lula equivocara-se em suas políticas compensatórias e em não ter seguido à risca a bula do Consenso de Washington.
Paralelamente à identificação dos primeiros atos da gestão Dilma com o estilo neoliberal de governar, correrá por conta do PIG (Partido da Imprensa Golpista) a desconstrução da imagem de Lula e de todo o seu legado. Essa estratégia teve início nos estertores de seu governo e intensificou-se após ele ter deixado a presidência. Lula, agora, não tem como utilizar a máquina para defender-se dos impropérios que lhe são lançados em profusão. Recentemente, foi chamado de fanfarrão num artigo escrito pelo sociólogo Alberto Carlos Almeida.
Ao passo que tentarão convencer os brasileiros de que Dilma resolveu seguir a cartilha neoliberal, e que Lula errou ao não abraçá-la, darão visibilidade ao falastrão Fernando Henrique Cardoso, como ocorreu no último programa político do PSDB, no programa de entrevistas É Notícia da Rede TV e , no último domingo, no programa Esquenta, comandado por Regina Casé na Rede Globo, quando foi chamado de "o cara que acabou com a inflação".
Como o povo brasileiro tem uma curta memória política, é possível que seja ludibriado pela manipulação da direita e de sua imprensa. Assim, com o esquecimento do que foi conquistado sob Lula, e com a imagem do ex-presidente petista desconstruída perante a opinião pública, cessará a bajulação para com Dilma e terá início a deformação de sua imagem, pois a essa altura já estaremos às portas das eleições presidenciais de 2014.
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Não faltam elogios de intelectuais, articulistas, jornalistas e de gente que até as vésperas da eleição insistia em afirmar que o melhor para o Brasil seria a eleição de José Serra e que Dilma não passava de um poste. Os cães que até há pouco faziam xixi no poste, agora abanam o rabo. Os primeiros movimentos do governo da petista, destacado o corte de R$ 50 bilhões em despesas, são saudados com euforia pelos neoliberais de plantão através de seus tentáculos midiáticos.
Pelo visto, a estratégia da grande mídia é criar pontos de interseção entre tais medidas de cunho neoliberal do governo Dilma - nos moldes dos "choques de gestão" tucanos - com os oito anos da gestão FHC, de forma a passar a idéia de que Lula equivocara-se em suas políticas compensatórias e em não ter seguido à risca a bula do Consenso de Washington.
Paralelamente à identificação dos primeiros atos da gestão Dilma com o estilo neoliberal de governar, correrá por conta do PIG (Partido da Imprensa Golpista) a desconstrução da imagem de Lula e de todo o seu legado. Essa estratégia teve início nos estertores de seu governo e intensificou-se após ele ter deixado a presidência. Lula, agora, não tem como utilizar a máquina para defender-se dos impropérios que lhe são lançados em profusão. Recentemente, foi chamado de fanfarrão num artigo escrito pelo sociólogo Alberto Carlos Almeida.
Ao passo que tentarão convencer os brasileiros de que Dilma resolveu seguir a cartilha neoliberal, e que Lula errou ao não abraçá-la, darão visibilidade ao falastrão Fernando Henrique Cardoso, como ocorreu no último programa político do PSDB, no programa de entrevistas É Notícia da Rede TV e , no último domingo, no programa Esquenta, comandado por Regina Casé na Rede Globo, quando foi chamado de "o cara que acabou com a inflação".
Como o povo brasileiro tem uma curta memória política, é possível que seja ludibriado pela manipulação da direita e de sua imprensa. Assim, com o esquecimento do que foi conquistado sob Lula, e com a imagem do ex-presidente petista desconstruída perante a opinião pública, cessará a bajulação para com Dilma e terá início a deformação de sua imagem, pois a essa altura já estaremos às portas das eleições presidenciais de 2014.
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Comentários
Aproveito pra deixar o link do meu blog, passa la depois, grande abraço!
www.tracodeguerrilha.blogspot.com
Vamos desarmando as arapucas e batalhando pela concretização do programa eleito.
Tomei a liberdade de reproduzir seu texto no Classista (classista.blogspot.com).