Alinhamento à democracia genocida


Por Jeferson Malaguti Soares

Os governos “democráticos” dos EUA vêm, desde 1945, praticando o genocídio impunemente.


Sabe o que é genocídio? Não? Vou explicar: é o extermínio deliberado, parcial ou total, de uma comunidade, grupo étnico, racial ou religioso. Isto é, a destruição de populações ou povos (Wikipédia).

Exemplificando, no final da Segunda Guerra Mundial, em 1945, o Presidente dos EUA autorizou o lançamento de bombas atômicas contra as cidades de Hiroshima e Nagasaki, no Japão, numa retaliação cruel e desnecessária contra o país que havia em 1941, destruído boa parte de sua base naval em Pearl Harbor. Naquela ocasião, aviões e vasos de guerra do Japão atacaram uma base estadunidense da marinha. Os EUA retaliaram atacando e matando ¼ de milhão de civis japoneses, e até hoje continuam impunes. Notem a diferença dos ataques: o Japão atacou militares, os EUA retaliaram matando civis inocentes, sem contar os milhares que sofreram com a radiação disseminada pelas bombas, até hoje.

A partir daí, gostaram da demonstração de seu poderio bélico e começaram por armar belicosamente seus aliados judeus que então passaram a cometer o genocídio contra o povo palestino. Israel já matou até hoje, desde sua criação em  1948, mais de 1 milhão de pessoas, entre civis, mulheres, crianças e idosos árabes, impunemente.


Ao mesmo tempo, a “democracia” estadunidense passou a intervir,  militarmente ou não, em diversos países pelo mundo,com o fito de se impor sobre eles e de pilhar suas riquezas. Toda a America Latina, Central e o Caribe sofreram intervenção daquele país. Todos foram colocados de joelhos, menos Cuba. São notórias as ditaduras militares na América do Sul, todas patrocinadas pelos EUA.


Mas, foi a partir do fatídico 11 de Setembro que a coisa azedou de vez. Todos se lembram que em 11/09/2001 aviões foram arremetidos contra as Torres Gêmeas e outro contra o Pentágono (quartel general das Forças Armadas daquele país), matando cerca de 4 mil pessoas. Segundo a Agência Sputinik News, “os EUA gastaram US$5,9 trilhões em seus esforços de guerra no exterior e mataram 500 mil pessoas após os ataques terroristas de 11 de Setembro de 2001.” A isto chamamos genocídio. Populações inteiras na Líbia, Iraque, Afeganistão, Paquistão e outros países, sucumbiram diante do poderio armamentista dos EUA. Isto, sem contar o genocídio que os judeus do Likud, partido que governa Israel desde 1948, vêm praticando contra árabes e palestinos, sob o beneplácito dos EUA e da ONU. Além dos mortos civis, consta que mais de 10 milhões de pessoas tiveram que deixar suas casas, demolidas por bombardeios e tanques. Do lado dos EUA morreram 7 mil militares do país além de  8 mil combatentes contratados por Washington (mercenários). Já o numero de combatentes militares mortos dos países invadidos pelos EUA chega a mais de 110 mil.


A cereja no bolo vem de quem paga a conta. Os custos dessas guerras foram pagos quase que exclusivamente por empréstimos, os quais aumentaram significativamente a divida do governo estadunidense com conseqüente déficit orçamentário. Quem paga tudo isso? O petróleo surrupiado do Iraque, Líbia, e agora o nosso.


Aguardem novos capítulos sobre a Venezuela e a Bolívia.


O dólar se tornou uma arma muito poderosa dos EUA. Eles devem e não pagam. Pelo contrário, continuam roubando.


E onde fica nessa história o Tribunal Internacional de Haia? Onde se esconde a ONU nessas ocasiões?


Enquanto isso, a Rússia e a China se armam. O potencial do arsenal russo coloca o ocidente em cheque. O Exército Popular de Libertação chinês tem mísseis capazes de destruir Israel e parte dos EUA e um efetivo de 3 milhões de militares. É o maior exército do planeta. Imagine-se uma Terceira Guerra Mundial: não ficaria pedra sobre pedra.


Os EUA, que já tiveram presidentes belicosos e irresponsáveis como os dois Bush, e agora têm o inconsequente Trump, um rico e enlouquecido belicista, caminham para um abismo moral e econômico sem precedentes. Por aqui elegemos um fantoche desequilibrado, um presidente capaz de leviandades e imprudências sem limite, inclusive entregar nossas riquezas de bandeja  ao capital transnacional.


Os EUA são tidos como o país mais democrático do mundo, onde a população se arma contra seus compatriotas e a guerra alimenta sua economia genocida. E é à essa “democracia genocida” que o novo governo brasileiro e as Forças Armadas brasileiras vão se alinhar. Para tanto, aparelham o Estado com militares em todos os setores do governo e no Judiciário, já que no Legislativo não precisam, pois já está infestado de lesas-pátrias. É o golpe de 64 em nova roupagem, mais subordinado que antes ao governo estadunidense.

Pobre democracia, em que a transformaram?