Parem de nos espionar!

Por Cléber Sérgio de Seixas

Em seu livro 1984, George Orwell relata um futuro distópico onde todos os cidadãos são vigiados e monitorados por uma entidade chamada Grande Irmão, o que se efetiva por meio de um dispositivo onipresente chamado Teletela, capaz de capturar imagens e sons, bem como emiti-los. Nesse ambiente, nada passa despercebido à vigilância de um Estado autoritário - das palavras ditas durante o sono ao ato sexual. É proibido ler ou escrever o que não coadune com a ideologia e política vigentes. Toda informação é censurada pelo partido dominante. Ao cidadão é proibido contestar, criticar ou mesmo raciocinar. 

Infelizmente, às vezes a vida imita a arte. Recentemente, o analista de inteligência e ex-funcionário da CIA (Central de Inteligência Americana) e da NSA (Agência de Segurança Nacional), Edward Snowden, revelou aos jornais The Guardian e The Washington Post a existência programas de vigilância da Agência de Segurança. Trata-se de um sistema de vigilância em massa, de amplitude mundial, capaz de interceptar chamadas telefônicas e todo tipo de comunicação que utilize a rede mundial de computadores. Tal como o famigerado Ato Patriótico, em nome da segurança nacional, havia sido justificado pelos ataques do 11 de Setembro, a justificativa dos EUA para perda da privacidade de cidadãos e governos é, novamente, a segurança. 

No entanto, governos e cidadãos de todo o mundo já se mobilizam para deter a espionagem e invasão de privacidade irrestritas promovidas pelos EUA. Uma dessas iniciativas é o Stop Watching Us (Parem de nos Vigiar), uma campanha que congrega organizações, ativistas, celebridades, juristas e cidadãos contrários à vigilância da NSA.

Abaixo o vídeo da campanha.


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